segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Parábola do Filho Pródigo LC 15, 11-32

Jesus continuou: «Um homem tinha dois filhos. 12 O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, me dá a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13 Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14 Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade. 15 Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos. 16 O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. 17 Então, caindo em si, disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome... 18 Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: - Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19 já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’. 20 Então se levantou, e foi ao encontro do pai.

Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. 21 Então o filho disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho’. 22 Mas o pai disse aos empregados: ‘Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23 Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete. 24 Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’. E começaram a festa.

25 O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26 Então chamou um dos criados, e perguntou o que estava acontecendo. 27 O criado respondeu: ‘É seu irmão que voltou. E seu pai, porque o recuperou são e salvo, matou o novilho gordo’. 28 Então, o irmão ficou com raiva, e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29 Mas ele respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua; e nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30 Quando chegou esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho gordo!’ 31 Então o pai lhe disse: ‘Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. 32 Mas, era preciso festejar e nos alegrar, porque esse seu irmão estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.»


COMENTÁRIO DO EVANGELHO:



Meus irmãos, quero estudar como vocês um pouco dessa passagem tão conhecida das Sagradas Escrituras.
Acho que não há parábola ou discurso de Jesus que seja tão conhecido e tão popular como esta parábola. E ela nos apresenta dois aspectos: “o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.”. Nela o Senhor Jesus nos ensina que uma vida de pecado e de egoísmo é a separação do amor e da comunhão com Deus. Ensina-nos também que “o pecador ou desviado é como o filho mais novo da parábola, que em busca dos prazeres do pecado, desperdiça todos os dotes que Deus lhe deu: físicos, intelectuais e espirituais”.

Os versículos 15-17 nos mostram a situação que ficou o filho mais novo da parábola. Os resultados foram desilusão e tristeza; sentiu-se perdido econômica e moralmente, e em condições pessoais degradantes. Sentiu falta também da vida verdadeira e real, que só se encontra no relacionamento correto com Deus. E é exatamente isso o que acontece com o homem afastado de Deus; com quem quer viver dissolutamente, querendo ser ele mesmo o senhor de sua vida.

Agora vejamos que lição nos dar o Senhor Jesus nos versículos 18-19! Ele nos mostra que o pecador deve fazer como o jovem da parábola. Precisa cair em si, arrepender-se de todo coração, levantar-se, dirigir-se a Deus e, de coração contrito, pedir perdão pelo pecado que cometeu. Ele não pode ficar caído, se lamentado, dizendo que foi muito fraco e que por isso está arrasado, derrotado. Fazendo assim, ele está perdendo tempo. É preciso acreditar na “grande misericórdia” de Deus para com os seus filhos, se levantar o quanto antes e se dirigir ao braços acolhedores de Deus.

Agora vejamos que os vesículos 20, 22, 23 e 24 nos mostram o grande amor que o pai da parábola teve para com o seu filho. Depois da confissão sincera que o filho fez no versículo 21 ele manda trazer a melhor roupa e vesti-lo; manda colocar o anel no dedo (sinal de pertença à família) e também calçá-lo (sinal de segurança). E faz uma grande festa para comemorar a volta do filho perdido. Esse pai É Deus, e é assim que ele age com o pecador que se arrepende. Por isso, não devemos perder tampo quando cairmos, precisamos nos levantar e correr para acertar a nossa dívida com o Pai o mais rápido possível; pois, de braços abertos ele nos espera com alegria e pronto para festejar a nossa volta.

"O filho mais velho é “justo” e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Ele é a figura daqueles que se instalam numa instituição religiosa e que exteriormente guardam os mandamentos de Deus, mas o seu interior está longe dEle e dos seus propósitos para o seu Reino".


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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS LC 21, 12-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!


COMENTÁRIO DO EVANGELHO:

Meus irmãos,
Sabemos que o evangelho incomoda todo sistema que aliena, explora, escraviza e mata o homem. Esse tipo de sistema só pode ir contra o projeto de Deus, que é liberdade e vida. Por isso, os verdadeiros cristãos sempre foram perseguidos em qualquer época e lugar que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte, outras menos, mas sempre haverá. O próprio Senhor Jesus foi perseguido até a morte, e "morte de cruz".

Nesta passagem do evangelho, vemos que “a relação entre Deus e os homens continua através dos discípulos, que devem prosseguir a missão de Jesus pelo testemunho. Contudo, assim como Jesus encontrou resistência, também eles: serão perseguidos, presos, torturados, julgados e até mesmo mortos por continuarem a ação de Jesus. Mas não devem ficar preocupados com a própria defesa. O importante é a coragem de permanecer firmes até o fim”.

Que exortações, meus irmãos, Jesus passa para os seus discípulos! Ele que conhece toda condição humana, não podia deixá-los despreparados, e então os enche de coragem e ânimo para continuar.
Vejamos o que dizem os versículos 14 e 15: Portanto, tirem da cabeça a idéia de que vocês devem planejar com antecedência a própria defesa, porque eu lhes darei palavras de sabedoria, de tal modo que nenhum dos inimigos poderá resistir ou rebater vocês.
Podemos ver, no livro de Atos dos Apóstolos, o tanto que essa preparação de Jesus surtiu efeito na vida dos primeiros cristãos. Alguns foram capazes até de cantar, louvar a Deus e evangelizar dentro da prisão, tudo pelo amor de Cristo. Outros foram martirizados, mas deixaram-nos o exemplo de que “morrer pela causa Cristo é lucro”.

Devemos sempre nos lembrar que estas admoestações não foram somente para os primeiros cristãos, são para todos nós e para todos aqueles que dão continuidade na ação de Jesus Cristo. Por isso, devemos sempre pedir a Deus que fortaleça a nossa fé e não nos deixe cair na tentação de negar o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Que possamos sempre nos lembrar do que diz o versículo 19: É permanecendo firmes que iremos ganhar a vida. E a vida que o Senhor Jesus nos oferece é a VIDA ETERNA. Amém!


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sábado, 21 de novembro de 2009

O PRÉ-REQUISITO PARA SER IRMÃO DE JESUS MT 12,46-50

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.


COMENTÁRIO DO EVANGELHO:


"Fazer a vontade de Deus é o pré-requisito que Jesus nos apresenta para sermos seus irmãos e irmãs. Portanto, membros da sua família. Com isso, podemos dizer que nós também fomos escolhidos por Jesus Cristo a fazer parte da sua família, quando estamos fazendo a vontade do Pai que está no Céu".

Alguém pode se perguntar: como é que eu sei se estou fazendo ou não a vontade de Deus? O próprio Jesus responde a esta pergunta quando diz em outra passagem: "Felizes são todos aqueles que escutam as minhas palavras e as executam". Notemos que não basta ouvirmos a palavra de Deus; é preciso vivenciá-la. E isso consiste na continuidade da missão de Jesus. Vemos no versículo 47 deste evangelho que, enquanto família segundo a carne está "fora", a família espiritual está "dentro", ao redor de Jesus, (v. 49)

A virgem Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de nosso Senhor Jesus Cristo porque fez a vontade de Deus. E ela contiinuou vivendo sengundo a vontade do Pai, dando exemplplos de fé, humildade, amor e perseverança. Por isso foi a primeira a fazer parte da família do Senhor Jesus. O exemplo dela foi dado por Jesus ao povo daquele tempo e hoje é dado para nós, para que percebamos que todos somos chamados a fazer parte da grande família do Senhor.

Não devemos nos espantar ou admirar da expressão de Jesus quando se referiu à sua mãe e aos seus irmãos: "quam é minha mãe e quem são os meus irmãos? Aqui o Senhor não está ignorando e tampouco desprezando os seus consanguíneos; ele aproveitou a oportunidade para nos enquadrar também como pessoas especiais, discípulos e discípulas dignos de ser chamados filhos de Deus.

Pena que tem muitos irmãos que, ao invés de se preocuparem com o verdadeiro sentido desta passagem, ficam dizendo que Jesus teve vários irmãos. Dizem que Maria continuou casada com José e, portanto, nada impediu que tivesse outro filhos.
Apesar da Bíblia falar pouco sobre a virgem Maria, não nos diz nada sobre esse assunto. O que esses irmãos não devem saber é que no grego os parentes mais próximos são chamados de irmãos, porque não existe as palavras primo, prima. E já foi comprovado por grandes estudiosos que, aqueles que estavam "do lado de fora", eram exatamente primos de Jesus.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

JESUS CHORA SOBRE JERUSALÉM (LC 19,41-44)


Naquele tempo, 41quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! 43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.


COMENTÁRIO DO EVANGELHO:

Jesus chegou a Jerusalém montado num jumentinho (sinal de humildade e mansidão) muito aclamado pela multidão. Mas quando viu a cidade não correspondeu aos aplausos, pelo contrário, chora sobre ela.

As Sagradas Escrituras mostram duas ocasiões muito soleve em que Jesus chorou. Chorou diante do sepulcro do seu amigo Lázaro, morto há quatro dias, e chorou sobre Jerusalém. No sepulcro de Lázaro, o próprio texto nos fala que ele chorou porque o amava muito. E o choro sobre essa cidade?
Jerusalém foi tomada do povo jebuseu pelo rei Davi e nela estava centralizados todos os poderes religiosos, político e militar. O templo construído alí e a teologia imperial na corte dos reis descendentes de Daví, deram a ela o status de cidade sagrada. Era também considerada a capital da fé naquele tempo. Mas Jesus encontrou a Cidade Santa de olhos tapados, sem saber o caminho da verdadeira paz. Ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o avesso do caminho da paz. Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo dEle.

Podemos ver, então, o motivo do choro de Jesus. Em outra passagem do evangelho o Senhor Jesus diz: Jerusalém, Jerusalém, quantas vezes eu quiz juntar o teu povo como uma galinha junta os seus pintinhos debaixo das suas asas e você não quinz!
Meus irmãos, vejamos que gesto de amor o Senhor Jesus usa para mostrar o grande amor que Deus tem pelos seus filhos!
Parece estranho e até incoerente Deus chorar pelos homens, mas não. Não é porque o amor de Deus não tem limites. As Escrituras nos diz que Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu único filho para sofrer e morrer por nós, e para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna.

Jerusalém sou eu hoje, é você, quando não queremos aderir ao projeto de Deus; quando tapamos os nossos olhos e não somos capazes de enchergar o que o Senhor Deus já fez, faz e o que ainda pode fazer por nós; quando não queremos nos converter e, acatando os seus ensinamentos, nos salvar.
Precisamos olhar para nós mesmo e avaliar se estamos nas condições de rebeldia de Jerusalém; se não estamos de olhos tapados para não ver as verdades divinas. Se estivermos não devemos perder tempo, precisamos correr para os braços de Jesus porque o tempo é agora, pois ele continua chorando por causa deste mundo injusto, mas os seus braços estão sempre abertos para acolher, proteger e salvar os filhos de Deus.


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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A VINDA DO FILHO DO HOMEM MC 13,24-32



Todo o capítulo 13 do evangelho de Marcos foi escrito em linguagem apocalíptica e aborda dois assuntos: a destruição do Templo de Jerusalém, que aconteceu em 70 d.c e a vinda do Filho do Hem. Mas antes de comentar sobre este assunto eu quero dizer que nada do que está escrito na Bíblia é para assustar ou para causar qualquer tipo de medo em nós.
Vejamos o que o apóstolo Paulo escreveu a respeito dela: As Sagradas Escrituras têm o poder para comunicar a sabedoria que produz à salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra (2Tm 3,15-17).

Imaginemos uma pessoa num momento de perigo, aguardando a chegada de um helicóptero para lhe resgatar. Será que quando ela sentir a presença do helicóptero vai ficar triste?
Então, o anúncio da intervenção salvífica de Deus não é para assustar. Pelo contrário, esse anúncio é para animar, encorajar e fortalecer a esperança dos eleitos.
De uma coisa temos que está ciente: a vinda do Filho do Homem é salvação e julgamento. Salvação para os que estão lutando pelo projeto de Deus e julgamento para os que estão contra.

Uma coisa que precisamos prestar bastante atenção é que a tônica do capítulo 13 é uma admoestação à vigilância quanto ao tempo presente, o hoje da história. A palavra-chave é “vigiar”. Vigiar significa engajamento, atividade, trabalho concreto para a realização do projeto de Deus.
Se estudarmos este capítulo com bastante atenção e fé nas palavras de Jesus, não vamos dar ouvido ao que andam dizendo por aí, que já está acontecendo tudo que Jesus falou: (fome, peste, guerra, AIDS, etc.), e por isso Jesus está voltando. Vamos pedir para eles lerem com atenção o versículo 7 que diz: é preciso que tudo isso aconteça, MAS AINDA NÃO É O FIM. Isto é princípio das dores do parto.

Acho que agora podemos dar início à leitura e tirarmos o máximo proveito dela. Mas vamos fazer passo a passo.



1 E, SAINDO ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!
2 E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.
3 E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular:
4 Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
5 E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane;
6 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
8 Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas sào os princípios das dores.

Aqui Jeus denuncia a destruição do Templo de Jerusalém, acondecida em 70 d.c, e as batalhas que se verificaram entre os anos 66 e 70. O Templo era o símbolo da relação de Deus com o povo escolhido. Jesus salienta que o fim de uma instituição não significa o fim do mundo e nem o fim da relação entre Deus e os homens.

9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
10 Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.
11 Quando, pois, vos conduzirem e vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, nem premediteis; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.
12 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer.
13 E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.


A relação entre Deus e os homens contia através dos discípulos, que deverão prosseguir a missão de Jesus pelo testemunho, anunciando a Boa Notícia a todas as nações. Contudo, assim como Jesus encontrou resistência, também os discípulos a encontrarão: serão perseguidos, presos, torturados, fulgados e até mesmo mortos por continuarem a ação de Jesus. Mas os discípulos não devem ficar preocupados com a própria defesa. O imprtante é a coragem de permanecer firmes até o fim.

14 Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predito por Daniel o profeta, estar onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.
15 E o que estiver sobre o telhado não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa;
16 E o que estiver no campo não volte atrás, para tomar as suas vestes.
17 Mas ai das grávidas, e das que criarem naqueles dias!
18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno.
19 Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitosque escolheu, abreviou aqueles dias.
21 E então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo; ou: Ei-lo ali; não acrediteis.
22 Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
23 Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo.


Aqui se retma o que já foi dito em 13,1-8. A "abominação da desolação" indica a profanação do Templo pelos romanos. O tempo de crise é terrível: os discípulos devem estar atentos para não desanimar e não se deixar enganar por pessoas que apresentam falsos projetos de salvação.

24 Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz.
25 E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas.
26 E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.
27 E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.



A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressureição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).

28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão.
29 Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas.
30 Na verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas estas coisas aconteçam.
31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
32 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
33 Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.
34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
36 Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo.
37 E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.


Somente agora Jesus responde à pergunta dos discípulos (v.4). Mas em vez de dizer "quando" ou "como" acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na hitória. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo Por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A CHEGADA DO REINO (Lc 17,26-37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. 37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.


COMENTÁRIO DE JOÃO VIOLA:

Nos dias de Noé o povo recebeu o anûncio do dilúvio pelo próprio Noé, servo de Deus, mas não deram à minima às palavras dele. Dizia que Noé estava ficando louco e que o dilúvio não aconteceria. Por isso continuou levando uma vida "normal", desagradando a Deus. Portanto, quando chegou o dilúvio fez morrer todos, mas Noé e sua família foram salvos porque havia se preparado, construindo a Arca da Aliança.

Nesse evangelho o Senhor Jesus faz questão de lembrar esses dias para mostrar como vai ser a sua volta, "o juízo final", "os dias do Filho do Homem". E os destinatários são os homens do nosso tempo, é eu, é você, é cada um de nós, meu irmão(a). Ele também faz questão de lembrar os dias de Ló, outro servo de Deus, e o que aconteceu com Sodoma ,cidade Símbolo da perdição, (Gn 18,16-19,29).

Precisamos está cientes de que a advertência que nos faz o evangelho é para todos, porque o Senhor é o "fim da hitória humana". Ele é a garantia de que nossa história pode ser construída de forma positiva com a sua ajuda. A advertência que o Senhor Jesus nos faz é para estarmos preparados e com as lâmpadas acesas, orando e vigiando para não cairmos em tentação. "Sabemos que o mundo em que vivemos oferece sérios riscos de quedas, que se repete ao lado da evolução tecnológica ou até mesmo da hipermodernidade". Mas precisamos também está certos de que o Senhor Jesus é a nossa luz, a nossa força e que, se andarmos olhando para ele, seguindo os seus exemplos, teremos a força necessária para vencer.

"O evangelho nos diz ainda que: juntamente com o Reino de Deus, o julgamento do Filho do Homem se realiza na história: ele vem para manifestar a verdade da vida de todos. Essa manifestção do Filho do Homem é sempre momento grave e decisivo: dele depende a salvação ou a destruição de cada um. Serão salvos somente aqueles que", como Jesus, fazem da própria vida dom para os outros (v.33).



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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

JESUS CURA DEZ LEPROSOS (Lc17,11-19)

11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram a seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” 14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um sama­ritano.
17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.


COMENTÁRIO DE JOÃO VIOLA:


A lepra, doença incurável na época de Jesus, deformava as pessoas e causava a morte de muita gente. Devido as deformações que a doença deixava, causando um mau aspecto para quem a observava, os leprosos(como os chamavam)eram terrivelvente discriminados e jogados á margem da sociedade, existindo para tanto, locais bem distantes, onde eram execrados, aguardando a morte e, lá mesmo se consumindo. Quando precisavam ir à cidade, eram obrigados a passar por lugares pré-determinados, afim de não contaminarem as outras pessoas e precisavam levar consigo um sino que iam tocando e gritando: leproso! leproso! (O livro de Levi nos dá bastante detalhe sobre esse assunto). Essa doença ainda existe hoje, mas graças a Deus e ao avanço da medicina está bem controlada e chama-se "hanseníase" ou mal de hanse.
Essa passagem do evangelho, mostra-nos um grupo de dez leprosos que se aproxima de Jesus e pede: Jesus, Mestre, tem de compaixão de nós! o mesmo que dizer: Senhor, cura-nos desse mal que está nos consumindo! Imaginemos a dificuldade que eles tiveram para passar pelo menos perto do Senhor Jeus, já que tudo era proibido para eles, até o direito de viver? Jesus, cheio de poder e compaixão, diz: Podem ir apresentar aos sacerdotes(pois só os sacerdotes podiam examinar para saber se estavam limpos mesmo e reingressar na sociedade). Observe que eles não fizeram uma pergunta sequer para Jesus; apenas creram na Palavra dEle e foram totalmente libertados do mal e tiveram todas as suas feridas saradas.
Seja qual for o problema que tivermos que enfrentar ou o mal que estiver nos atacando (hoje existem várisos), tudo o que precisamos fazer é pedir a Deus em nome de Jesus, com fé e não duvidarmos em nosso coração. Foi o próprio Jesus quem falou: tudo que pedires ao Pai, em meu nome, com fé, receberás. Quantas vezes as nossas orações não foram atendidas porque não soubemos pedir ou usamos a fé de maneira errada?
Outro ponto que chama muito a atenção nessa passagem é o foto de só um, dos dez que foram curados, voltar para agradecer. Quanta falta de gratidão tiveram os outros nove!
Precisamos bendizer, louvar, glorificar e agradecer ao Senhor nosso Deus, porque "a ele pertence a honra, a glória, louvor e o poder para sempre". Amém!
Será que eu estou me lembrando de agradacer a Deus por tudo que ele já fez e faz por mim? E você, meu irmão(a)?


Pai, ajuda-me a ter um coração sempre agradecido, a ponto de poder te agradecer, te louvar, e te glorificar por tudo que o Senhor já fez, faz e ainda podes fazer por mim.
Eu te peço em nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém!


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terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Dever do Empregado Lc 17,17-10

Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.


Comentário do evangelho:

Os ensinamentos bíblicos exigem muito cuidado para não serem interpretados a nosso modo. Precisamos está sempre examinando com carinho a Palavra de Deus, pedindo a Ele que nos ilumine com a luz do Espírito Santo e nos dê a sabedoria necessária para entendê-la.
Poderíamos transferir essa parábola para a releção entre Deus ou Jesus e seus discípulos, mas teríamos um certo constrangimento. Pois a comparação seria entre um dono avarento e um escravo humilhado. É comum encontrarmos esse tipo de proprietário nas sociedades enriquecidas através da exploração do trabalhador empobrecido que produz bens e riquezas. Mas a realidade de Jesus é totalmente diferente deste proprietário. A vida de Jesus foi tatalmente dedicada aos pobres e excluídos; tanto que na última ceia ele até lavou os pés dos discípulos.
Portanto o que Jesus quer nos dizer nessa parábola é que os discípulos devem servir a Deus com amor e alegria, de maneira humilde e desinteressada.
"Jesus também pode está fazendo uma crítica àqueles que ainda estão sobre a observância da Lei. Escravos da Lei a obedecem cegamente e no fim percebem que não passaram de servos dela. Não chegaram à liberdade nem à alegria do banquete no Reino".


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Jesus vai ao Templo Jo 2,13-22

13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias o levantarei”. 20Os Judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.


Comentário de João Viola:

domingo, 8 de novembro de 2009

Jesus e os Mestres da Lei - Mc 12,38-44

Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”.
41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.


Comentário de João Viola:


O Evangelho é de S. Marcos diz-nos que os escribas e fariseus fazem ostentação da sua suposta bondade. Dão esmolas tocando a trombeta; rezam no templo à frente e em tom de grandiosidade; ocupam os primeiros lugares, etc.

O homem, com a sua inteligência muito limitada, jamais pode imaginar o que se passa na consciência de outro. Mas a inteligência do Senhor nosso Deus é ilimitada; Ele conhece o homem por inteiro. Talvez ninguém tenha percebido o gesto daquela pobre viuva, mas Jesus não só percebe como aprecia muito e a elogia. Como Deus á capaz de penetrar no mais íntimo do nosso ser, Jesus pôde perceber a sinceridade e a pureza do coração daquela viuva. Isso significa que a nossa oferta a Deus não tem mérito pela sua grandeza ou pequenez, mas sim pela maneira como a fazemos. Que contraste, meus irmãos, vemos aqui com os ensinamentos de algumas igrejas ou seitas religiosas! Já vi não só pela televisão, mas também ao vivo, alguém dizer: quanto maior a oferta, maior a bênção. E isso não condiz com os ensinamentos das Sagras Escrituras, como acabamos de observar.

" Os mestres da Lei sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus".
Hoje, depois de dois mil anos, quantas pessoas ainda se assemelham com os mestres da Lei? Como estão sendo as minhas ofertas a Desus? Como estão sendo as suas? Como estão as minhas atitudes como cristão? E as suas, como estão?
Sigamos o exemplo dessa viuva e vejamos como ela agradou a Deus. Se assim fizermos, as nossas ofertas também serão bem vistas aos Seus Santos olhos.

Pai, dai-nos um coração puro, a exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, para que todas as nossas ações sejam com amor e misericórdia, e assim possam agradar-Te. Amém!

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Administrador Desonesto Lc 16,1-8


Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’.
3O administrador então começou a refletir: ‘O Senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!” O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinqüenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
8E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.


Comentário de João Viola:

Meus irmãos, devemos ter sempre em mente que a parábola em si não é uma verdade, ela serve para mostrar uma verdade. Prestemos atenção nos personagens da parábola: o administrador desonesto é demitido pelo seu senhor. Esse não esbolsa sequer uma palavra de autodefesa, deixando a entender que tem consciência de sua desonestidade. Sabe perfeitamente que é um homem sujo e que o seu senhor não foi injusto ao dispensá-lo do trabalho. Não discute, mas a sua reação é imediata. Rapidamente pensa nas suas condições físicas para encarar o serviço braçal, pensa na vergonha que tem de pedir esmola, e resolve a situação em dois tempos, só que mais uma vez de maneira suja. O patrão, ao ficar sabendo do seu plano, o elogia por causa de sua esperteza.
Será que podemos ver aqui a cara da sociedade atual? Tenho plena certeza que sim. Quão desconsertante é a conclusão! Um homem tão desonesto sendo elogiado! Será que Jesus apóia ou estimula a corrupção? É claro que não, meu irmão. O que ele quer nos mostrar com o ensinamento dessa parábola, é que os filhos de Deus precisam ser tão rápidos para praticar as boas ações quanto os filhos do mundo em suas maracutaias. É preciso recordar a natureza totalmente especial no ensinamento das parábolas.
Para prepararmos o nosso futuro, não um futuro terreno, mas nas moradas eternas com Deus, precisamos agir rápido e com inteligência. Hoje mesmo é o dia de começarmos uma mudança radical em nossa vida, acertar o quanto antes as nossas dívidas com Deus, para sermos os cristãos que Ele quer que sejamos. É isso que a parábla quer nos dizer, meu irmão e minha irmã.

Vamos orar juntos?
Pai, te pedimos, em nome do Senhor Jesus, que nos dê a sabedoria necessária e muita força para renunciar tudo aquilo que não é do teu agrado, para que tenhamos um futuro abençoado juto de Ti. Amém!, Aleluia!


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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A ovelha e a dracma perdida - Lc 15,1-10


Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.
3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 4“Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ 10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.


COMENTARIO DO EVANGELHO

Através dessas duas parábolas podemos sentir quão grande amor o Senhor Deus tem pelos seus filhos. Assim como a felicidade do fazendeiro só seria completa se estivesse com o seu rebanho de cem ovelhas, a alegria de Deus é maior ainda quando um pecador se arrepende, porque a família do Senhor está crescendo e o Seu nome sendo cada vez mais glorificado. Isso nos mostra tembém que o Senhor Deus não se compraz com a perdição do homem; Ele não quer que nem um dos seus filhos se percam, para que o Seu goso seja completo.

Versículos 3-7: A parábola não quer dizer que Deus prefere o pecador ao justo, ou que os justos sejam hipócritas. Ela ressalta o mistério do amor do Pai que se alegra em acolher o pecador arrependido ao lado do justo que persevera.

8-10: A mulher é pobre e precisa da moeda para sobreviver. O amor de Deus torna-o vitalmente necessitado de encontrar a pessoa perdida, para levá-lo à alegria da comunhão no amor.

Os escribas e fariseus eram tão cheios de si que não eram capazes de entender o grande amor de Deus pelos pecadores. Viviam presos nos seus preceitos religiosos e não sabiam que a alma do pecador era importante para Deus. Por isso o Senhor Jesus contou-lhes essas parábolas.
Era para esperimentar o grande amor de Deus que os publicanos e pecadores, os excluídos e marginalizados seguiam a Jesus, e eles O seguiam com a intenção de apanhá-Lo em alguma prova.
O Senhor Jesus mostra que são os doentes que precisam do médico e que Ele veio para procurar e salvar os que estavam perdidos (Lc 19,10).

Pai, nesse momento em que estou na Tua presença, eu rezo pela conversão daqueles que ainda não querem compromisso contigo, para que a sua família seja seja cada vez maior. Amém!


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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As condições para seguir Jesus - Lc 14,25-33

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”


Comentário de João Viola


A mudança de comportamento para quem quer seguir Jesus tem que ser radical, o desapego às coisas materias tem que ser total, inclusive aos familiares. Com isso o Senhor esta nos dizendo que os seus seguidores têm que amá-Lo mais do que todas as coisas. Sem o desapego total, o mandamento principal não está sendo cumprido. “Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Sozinhos não conseguimos porque somos muito limitados, e o Senhor Jesus sabe tão bem disso que não nos deixou sozinhos, mas nos enviou o consolador, o Espírito Santo, nosso advogado, que está sempre disposto a nos ajudar. Tudo que precisamos é nos entregar à ação dEle, é deixarmos Ele trabalhar em nós, liberando todo espaço que Ele precisa para fazer a Sua obra em nós.

Pai, ajuda-nos a abandonar, a renunciar tudo aquilo que nos impede de seguirmos o Senhor Jesus, Vosso Santo Filho. Em nome dEle nós te pedimos. Amém!


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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Carta de Paulo aos romanos, cap. 12, versículos de 9-21

Romanos 12.9-21
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;
13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;
14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Comentário:

Meditando versículo por versículo dessa passagem das Sagradas Escrituras, podemos observar que não existe uma circunstância sequer em que não possamos ou não devemos comportarmo-nos como cristãos. Por isso, meu irmão e minha irmã, o cristão deve estar sempre examinando a Palavra de Deus para descobrir o seu lugar. Nas nossas orações devemos pedir força ao Senhor nosso Deus e muita luz, para não desviarmo-nos do Seu caminho e estarmos sempre no lugar que Ele quer que estejamos.
O princípio que rege esse mundo é completamente diferente da Lei do amor. As pessoas estão cada vez mais frias no amor, mais desumanas, mais desobedientes e mais egoistas. "É dente por dente e olho por olho", como diz o ditado. Portanto, não é fácil para o cristão conviver com tantas desgraças, com todo tipo de mal ao seu redor e não se contaminar; mas não é impossível porque o Senhor Jesus veio e deixou-nos o exemplo. Quem tem o Espírito de Deus e anda sobre a Sua Luz vai vencer, porque o Senhor Deus o sustenta. Satanás pode armar qualquer armadilha para pegar o filho de Deus que não vai conseguir pegá-lo, porque o Senhor as desarmas. Mas a Palavra é bem clara: "os filhos de Deus". Para sermos filhos de Deus não basta só sermos batizados; precisamos praticar a justiça e observar os seus mandamentos (1Jo,2,29).
Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens, diz o versículo 17. E o Senhor Jesus disse: rezai pelos vossos inimigos. E ele mesmo explicou o porquê: "fazer o bem somente para as pessoas que gostamos, que reconpensa teremos? Até os pagãos agem dessa maneira. O cristão deve "fazer o bem sem olhar a quem".
Temos muita coisa boa para estudar numa passagem como esta, mas por enquanto vamos parar por aqui.

A Paz de Cristo esteja com todos nós. Amém!

O Grande Banquete Lc 14,15-24


Lc 14,15-24. A parábola do Banquete do Reino

Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’.
18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’.
21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’.
22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.

Comentário de João Viola.

"A Parábodo do Banquete do Reino mostra que, os que vivem totalmente empenhados em seus negócios ou na exclusividade do círculo familiar, não podem entrar para participar plena e elegantemente na vida comunitária. Pois esta exige disponibilidade e aspiração para construir algo bem maior que os pequenos negócios e trabalhos familiáres. Por isso, aqueles que estão empenhados em suas próprias preocupacões sem olhar o horizonte dos povos, não estão áptos para participar do "Banquete do Reino". Pois este necessita de uma abertura a todos os seres humanos e a todos os ideais de humanização".

O Reino de Deus é apresentado como banquete em que Deus reúne os seus convidados. Ainda que os representantes oficiaiis e os habituados à religião recusem o convite, dando mais importância aos seu proprios afazeres, o Reino permanece aberto para aqueles que comumente são julgados como excluídos: os marginalizados da sociedade e da religião.

Quem realmente tem esperança e confia que pode ajudar a construir a nova casa do Senhor, esse é convidado; convidado a construir o "Mundo Novo" onde não há exclusão social, mas onde a máxima expressão ó o ser humano.

Pai, ajuda-nos a deixar de lado o comodismo e a renunciar tudo que nos faz afastar de Ti, nos impedindo de participarmos do Banque do Reino. Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo nosso Senhor. Amém!


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