quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Perdoar Sempre (Mt 18,21-191).




Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão

COMENTÁRIO:

POSTADO POR JOÃO VIOLA

Meus irmãos, na oração que o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos (Oração do Pai-Nosso), ele nos ensina a pedir ao Pai assim: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6,12). “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6,14-15).
Nesse Evangelho, Pedro faz uma interrogação a Jesus, indicando uma tolerância limitada para a ofensa. Com a figuração numérica de “setenta vezes sete”, o Senhor Jesus responde, revelando assim que não existem limites para o perdão. Essa pergunta de Pedro indica também que os discípulos ainda não tinham aprendido o verdadeiro significado da oração do Pai-Nosso, apesar de estarem juntos de Jesus, convivendo com Ele, recebendo os seus ensinamentos e presenciando todos os exemplos que o Senhor lhes mostrava. E hoje, depois de dois mil anos, será que já aprendemos o verdadeiro sentido da oração do Pai-Nosso e dos ensinamentos do Senhor nesse evangelho ou estamos fazendo orações repetitivas, mecânicas, sem ao menos nos esforçar para vivermos como o Senhor Deus quer que vivamos? Se assim o fizermos, as nossas orações não têm sentido. Precisamos aprender a pôr em prática os ensinamentos de Deus na Sua Palavra e assim nos tornarmos verdadeiros discípulos e discípulas de Jesus. Lembremos sempre que Deus, na Sua “grande misericórdia”, no Seu infinito amor, enviou o seu único filho ao mundo para passar por todo tipo de sofrimento até a morte, para pagar uma dívida altíssima; só que essa dívida não era dEle, era sim, nossa, os pecados do mundo inteiro. Os ensinamentos do Senhor Deus nesse evangelho e em várias outras passagens da Sagrada Escritura nos deixam claro que não adianta nada nós acharmos que somos queridinhos de Deus e merecedores da Sua misericordia, se não usarmos também de misericordia para com o nosso próximo. Por tanto, meus irmãos e minhas irmãs, peçamos a Deus que nos dê um coração capaz de amar verdadeiramente, para que possamos suportar, tolerar e perdoar os nossos irmãos sempre, a exemplo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que perdoou até na hora de sua morte. Porque só um coração que ama de verdade é capaz de saber perdoar.

COMENTE