domingo, 17 de janeiro de 2010

A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES (MC 6, 34-44)


Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO.
POSTADO POR: JOÃO VIOLA


Meus irmãos,
Se ficarmos presos, olhando apenas para o milagre realizado aqui por Jesus, corremos o risco de não entendermos a lição que ele passa para nós nessa passagem do evangelho. Pelo que eu já aprendi através de alguns pregadores estudiosos e da própria Bíblia Sagrada (Bíblias de estudos), o fator primordial que está em foco aqui é a caridade; pois se eliminarmos a hipótese de uma multiplicação milagrosa, o que explicaria que todos comessem dos pães, ficassem saciados e ainda sobrassem 12 cestos de pedaços? Alguns dos que estavam ali, escutando Jesus, tinham seus pãezinhos guardados nas bolsas e na hora da ceia repartiram com os que nada tinham. E assim, todos comeram, ficaram saciados e ainda sobrou. Inclusive, mesmo que tenha ocorrido a multiplicação milagrosa dos pães, houve também a partilha daqueles que trouxeram sua própria comida.
“Marcus não diz o que Jesus ensina, mas o grande ensinamento de toda a cena está no fato de que não é preciso muito dinheiro para comprar comida para o povo. É preciso simplesmente dar e repartir entre todos o pouco que cada um possui. Jesus projeta nova sociedade, onde o comércio é substituído pelo dom, e a posse pela partilha. Mas, para que isso realmente aconteça, é preciso organizar o povo. Dando e repartindo, todos ficam satisfeitos, e ainda sobra muita coisa”.

Como o Senhor Jesus nunca foi de perder oportunidade para evangelizar, aqui ele ensina mais uma lição para os seus amados discípulos. Quando os discípulos pediram para Jesus despedir a multidão porque já era tarde, talvez não estivessem preocupados com o bem está dela, mas sim no seu próprio descanso, já que não tinham tempo nem para comer, como mostra uma passagem anterior. Observe então a resposta do Senhor: “daí-lhes vós mesmo de comer” (v. 37).
Mas os discípulos responderam: “queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” Que espanto tiveram os seus discípulos! Mas essa é uma das características do ser humano que nunca sai de moda, pois em tudo o homem arranja um jeitinho para pôr dificuldade. Mas Jesus não pergunta o quanto os seus discípulos precisam para alimentar a multidão, pergunta sim, o que eles têm. E hoje o Senhor está fazendo esta mesma pergunta para mim, para você e para a humanidade inteira.
É bom lembrarmos que muitos dos nossos irmãos vão buscar comida no lixão e até encontram, mas a comida de lá já está estragada, o que nós temos não está, e essa não é a sociedade que Jesus projetou.

Agora eu pergunto: quantos pães você tem? Quantas sandalhas ou quantas cobertas eu tenho? Pensemos nisso e, em nome de Jesus, vamos pôr em prática o que ele nos ensina.
Amém?

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