quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
O BOM SAMARITANO (LC 10, 25-37)
25 Um especialista em leis se levantou, e, para tentar Jesus perguntou: «Mestre, o que devo fazer para receber em herança a vida eterna?» 26 Jesus lhe disse: «O que é que está escrito na Lei? Como você lê?» 27 Ele então respondeu: «Ame o Senhor, seu Deus, com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força e com toda a sua mente; e ao seu próximo como a si mesmo.» 28 Jesus lhe disse: «Você respondeu certo. Faça isso, e viverá!» 29 Mas o especialista em leis, querendo se justificar, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» 30 Jesus respondeu: «Um homem ia descendo de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de assaltantes, que lhe arrancaram tudo, e o espancaram. Depois foram embora, e o deixaram quase morto. 31 Por acaso um sacerdote estava descendo por aquele caminho; quando viu o homem, passou adiante, pelo outro lado. 32 O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu, e passou adiante, pelo outro lado. 33 Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e teve compaixão. 34 Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal, e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. 35 No dia seguinte, pegou duas moedas de prata, e as entregou ao dono da pensão, recomendando: ‘Tome conta dele. Quando eu voltar, vou pagar o que ele tiver gasto a mais’.» E Jesus perguntou: 36 «Na sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?» 37 O especialista em leis respondeu: «Aquele que praticou misericórdia para com ele.» Então Jesus lhe disse: «Vá, e faça a mesma coisa.»
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Postado por: João Viola em 27/01/1010
O especialista em leis (teólogo) sabia que o amor total a Deus e ao próximo é que leva à vida. Mas, não basta saber, é preciso amar concretamente. Os fariseus e os doutores da Lei viviam constantemente colocando obstáculos no caminho de Jesus porque estes não eram capazes de vivenciar o mandamento do amor. Nesta parábola o Senhor Jesus nos ensina que o próximo é quem se aproxima do outro para lhe dar uma resposta às necessidades. O povo samaritano sempre foi odiado pelos judeus, desde que surgiu (na época do exílio na Babilônia). E é exatamente um samaritano que Jesus coloca para ser o próximo do homem que estava precisando de ajuda. Tudo isso para nos mostrar que, nesta tarefa prática, o amor não leva em conta barreiras de raça, religião, nação ou classe social. O próximo é aquele que eu encontro no meu caminho.
De alguns dias para cá, uma das notícias que está sempre em destaque nos meios de comunicação é sobre a tragédia que aconteceu no Haiti. Eu não sei a distância daqui do Brasil para lá, e isso não me interessa no momento. Tampouco sei o porquê de haver um povo tão castigado, sofrendo uma tragédia após a outra. Talvez você também não saiba. Mas de uma coisa eu sei e tenho certeza: ali mora um povo que é a imagem e semelhança de Deus, porque é filho de Deus. Portanto, lá está o meu próximo e o seu também. Não devemos fazer como o especialista em lei, mostrado na parábola que, para justificar a sua falta de amor, tentou Jesus. Precisamos fazer, sim, como o samaritano que, para praticar o ato de misericórdia, não procurou saber a origem, nem a raça, nem a religião do homem ferido. O Haiti também está muito ferido, meus irmãos, tanto fisicamente como emocionalmente, precisando da nossa ajuda.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O JUÍZO FINAL (MT 25, 31-46)
31 E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;35 Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;36 Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?38 E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?39 E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;43 Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.44 Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?45 Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Postado por João Viola em 26/01/2010
“Esta é a única cena dos Evangelhos que mostra qual será o conteúdo do juízo final. Os homens vão ser julgados pela fé que tiveram em Jesus. Fé que significa reconhecimento e compromisso com a pessoa concreta de Jesus. Porém, onde está Jesus? Está identificado com os pobres e oprimidos, marginalizados por uma sociedade baseada na riqueza e no poder. Por isso, o julgamento será sobre a realização ou não de uma prática de justiça em favor da libertação dos pobres e oprimidos. Esta é a prática central da fé, desde o início apresentada por Mateus como cerne de toda a atividade de Jesus: “cumprir toda a justiça” (Mt 3,15). É a condição para participar da vida do Reino”. (notas da Bíblia Sagrada edição pastoral).
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (versículo 41). Que palavras, meu irmão, minha irmã, o Senhor Jesus vai ser preciso proferir para os que não acreditaram nEle! Pena que tem tanta gente que não acredita nessas verdades bíblicas e estão brincando. Há muitas pessoas que entraram num sono espiritual tão profundo que são capazes até de zombar, e por isso vão pagar um preço muito caro se não partirem para uma mudança radical de vida, que é a verdadeira conversão. E o mais triste de tudo isso é saber que no meio desse povo existem muitas pessoas que conhecem a Palavra de Deus, pessoas que se dizem cristãs, mas que também estão dormindo profundamente, preferindo acreditar nos preceitos humanos a observar e obedecer aos mandamentos e preceitos do Senhor nosso Deus. Pessoas que vão à igreja, ouvem a Palavra de Deus, mas não a praticam, são religiosas, mas isso não significa que são cristãs. Em Ap. 22,8 está escrito que o lugar dos mentirosos é no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte. E os mentirosos são exatamente os que dizem ser cristão sem ser. Esses são os famosos esquenta bancos de igreja. Por tanto, meus amados irmãos, cuidemos para não nos enganarmos. Precisamos está atentos, orando, vigiando e pedindo a Deus para fortalecer a nossa fé e nos dar força para não nos contaminarmos com este mundo, porque precisamos está aqui ainda que porpor pouco tempo, mas não devemos pertencer a este mundo injusto. Eu digo para mim mesmo, para você e para todos nós: vale apena desapegarmos do mundo, renunciar a todos os “prazeres” que ele nos oferece, renunciar a satanás e a todas as suas mentiras, corrermos para os braços do Senhor Jesus e, preparados para "O Grande Dia do Senhor", ficarmos à Sua direita e ouvir dEle: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo".
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domingo, 17 de janeiro de 2010
A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES (MC 6, 34-44)
Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO.
POSTADO POR: JOÃO VIOLA
Meus irmãos,
Se ficarmos presos, olhando apenas para o milagre realizado aqui por Jesus, corremos o risco de não entendermos a lição que ele passa para nós nessa passagem do evangelho. Pelo que eu já aprendi através de alguns pregadores estudiosos e da própria Bíblia Sagrada (Bíblias de estudos), o fator primordial que está em foco aqui é a caridade; pois se eliminarmos a hipótese de uma multiplicação milagrosa, o que explicaria que todos comessem dos pães, ficassem saciados e ainda sobrassem 12 cestos de pedaços? Alguns dos que estavam ali, escutando Jesus, tinham seus pãezinhos guardados nas bolsas e na hora da ceia repartiram com os que nada tinham. E assim, todos comeram, ficaram saciados e ainda sobrou. Inclusive, mesmo que tenha ocorrido a multiplicação milagrosa dos pães, houve também a partilha daqueles que trouxeram sua própria comida.
“Marcus não diz o que Jesus ensina, mas o grande ensinamento de toda a cena está no fato de que não é preciso muito dinheiro para comprar comida para o povo. É preciso simplesmente dar e repartir entre todos o pouco que cada um possui. Jesus projeta nova sociedade, onde o comércio é substituído pelo dom, e a posse pela partilha. Mas, para que isso realmente aconteça, é preciso organizar o povo. Dando e repartindo, todos ficam satisfeitos, e ainda sobra muita coisa”.
Como o Senhor Jesus nunca foi de perder oportunidade para evangelizar, aqui ele ensina mais uma lição para os seus amados discípulos. Quando os discípulos pediram para Jesus despedir a multidão porque já era tarde, talvez não estivessem preocupados com o bem está dela, mas sim no seu próprio descanso, já que não tinham tempo nem para comer, como mostra uma passagem anterior. Observe então a resposta do Senhor: “daí-lhes vós mesmo de comer” (v. 37).
Mas os discípulos responderam: “queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” Que espanto tiveram os seus discípulos! Mas essa é uma das características do ser humano que nunca sai de moda, pois em tudo o homem arranja um jeitinho para pôr dificuldade. Mas Jesus não pergunta o quanto os seus discípulos precisam para alimentar a multidão, pergunta sim, o que eles têm. E hoje o Senhor está fazendo esta mesma pergunta para mim, para você e para a humanidade inteira.
É bom lembrarmos que muitos dos nossos irmãos vão buscar comida no lixão e até encontram, mas a comida de lá já está estragada, o que nós temos não está, e essa não é a sociedade que Jesus projetou.
Agora eu pergunto: quantos pães você tem? Quantas sandalhas ou quantas cobertas eu tenho? Pensemos nisso e, em nome de Jesus, vamos pôr em prática o que ele nos ensina.
Amém?
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
O NASCIMENTO DE JESUS (LC 2,1-20)
O nascimento de Jesus -* 1 Naqueles dias, o imperador Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento em todo o império. 2 Esse primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. 3 Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. 4 José era da família e descendência de Davi. Subiu da cidade de Nazaré, na Galiléia, até à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, 5 para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 6 Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, 7 e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou, e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa. O Messias veio para os pobres -* 8 Naquela região havia pastores, que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. 9 Um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. 10 Mas o anjo disse aos pastores: «Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: 11 hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor. 12 Isto lhes servirá de sinal: vocês encontrarão um recém-nascido, envolto em faixas e deitado na manjedoura.» 13 De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14 «Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados.» 15 Quando os anjos se afastaram, voltando para o céu, os pastores combinaram entre si: «Vamos a Belém, ver esse acontecimento que o Senhor nos revelou.» 16 Foram então, às pressas, e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17 Tendo-o visto, contaram o que o anjo lhes anunciara sobre o menino. 18 E todos os que ouviam os pastores, ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19 Maria, porém, conservava todos esses fatos, e meditava sobre eles em seu coração. 20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que haviam visto e ouvido, conforme o anjo lhes tinha anunciado. COMENTÁRIO DO EVANGELHO: Desde os primeiros instantes de sua vida Jesus, o Messias, se identifica com os pobres e marginalizados; pois o recenseamento era instrumento de dominação, já que esse possibilitava saber quantas pessoas deviam pagar o truibuto. E é exatamente dentro dessa situação de dominação que nasce o senhor Jesus. Manjedoura é um tabuleiro, coxo em que se põe comida para os animais nas estrebarias. Foi nesse local que nasceu o maior homem que já viveu, Jesus Cristo, o salvador do mundo. Maria e Jesé pertenciam à comunidade dos pobres, das pessoas simples e humildes, e, por isso, não encontraram lugar na casa. Na sociedade de hoje, em muitos estabelecimentos, não há lugar para essa clesse de pessoas, pois estão sempre ocupados com os "ricos e poderosos". Os primeiros a receber a Boa Notícia (Evangelho) são os pobres e marginalizados, aqui representados pelos pastoores. Com efeito, na sociedade da época, os pastores eram desprezados, porque não tinham possibilidade de cumprir todas as exigências da Lei. É para eles que nasceu o Salvador, o Messias e o Senhor. E são os primeiros a anunciar a sua chegada. Jesus é o Salvador, porque traz a libertação definitiva. É o Messias, porque traz o Espírito de Deus, que convoca os homens para uma relação de justiça e amor fraterno (cf. Is 11,1-9). É o Senhor, porque vence todos os obstáculos, conduzindo os homens dentro de uma história nova. (Bíblia Sagrada, Ed. Paltoral e notas). Depois destes estudos sobre o nascimento de Jesus Cristo, podemos perceber que o Natal deixou de ser uma festa religiosa. Grande parte da sociedade se preocupa apenas em fazer pamparras festas com comelanças exageradas, bebedeiras desenfreadas e até mesmo com um falso laço de amizade; coisas totalmente contrárias à vontade de Deus. Podemos, sim, comemorar o nascimento de Jesus Cristo com festa e muita alegria, mas uma festa puramente cristã, com o espírito de conversão e acolhimento, totalmente aberto para promover a justiça e a paz. Aí sim, podemos ter a convicção de que teremos não só um Natal e um Ano Novo repletos de alegria, prosperidade, paz e felicidade, mas a nossa vida inteira será completa e muito abençoada por Deus. As lindas mensagens de Natal e de Ano Novo que recebemos só vão surtir efeito em nossas vidas se estivermos vivendo como verdadeiros cristãos e discípulos de Jesus Cristo, nosso Senhor. E é exatamente isso que eu desejo para você, meu irmão, minha irmã e para todos nós, em nome de Jesus Cristo: CONVERSÃO! COMENTE:
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