sábado, 20 de fevereiro de 2010

JESUS REJEITA A IPOCRISIA SOCIAL (LC 5, 27-32)


Naquele tempo, 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: “Segue-me”. 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu.
29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?”
31Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Postado por João Viola


Os cobradores de impostos eram odiados pelo povo, pois eram os representantes do governo local para cobrar o imposto que seria enviado para Roma. Eram chamados também de pecadores públicos ou publicanos porque o seu pecado era público. Eram odiados pelo povo porque aproveitavam do cargo para roubarem. Levi era exatamente um homem desses.

O Senhor Jesus olha para Levi, não para o pecado dele; como sempre, Jesus olha através, além do pecado do homem; e esse mesmo processo ele realiza conosco. O Senhor Jesus olhou para aquele pecador e imaginou o homem maravilhoso, que seria de fato, se viesse a conhecer o seu amor. Então ele se aproximou de Levi e lhe disse: “segue-me” (v. 27). Que amor, meus irmãos, tem o Senhor nosso Deus pelos seus filhos! Olha para o pecador, observa a vida medíocre que esse está vivendo, se aproxima e o convida para segui-Lo. E Jesus continua fazendo esse mesmo convite hoje. Que resposta nós temos dado para ele? A resposta de Levi foi decisiva e imediata: “Deixou tudo, levantou-se e seguiu a Jesus” (v. 28). Deixar tudo é converter-se, é desapegar-se das coisas mundanas, das concupiscências da carne e de tudo aquilo que impede o homem de se aproximar de Deus e ter vida plana com ele. Levi Entendeu que não tinha condições de mudar o passado e resolveu olhar para a frente e dar um sentido novo para sua existência; resolveu levantar-se, pois era preciso caminhar e não ficar preso num marasmo de vida passada.

Levi, o pecador, o publicano, cheio de alegria por ter encontrado o Senhor, prepara um grande banquete para Jesus; e, como se não bastasse, convida os seus compassas, outros pecadores odiados pelo povo. E Jesus, que sempre teve atitudes exageradas por amar demais, não podia recusar aquele convite. Jesus, que também nunca foi de perder oportunidades para evangelizar, não podia deixar de ir àquele banque. Mas que escândalo para os fariseus e doutores da Lei; para os “imaculados”, os “puros”, os “puritanos”. Mas a resposta de Jesus a esses escandalosos foi: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os doentes (v. 31). Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão” (v. 32).

Nos nossos dias também existem muitos mestres da Lei e fariseus. Quantas vezes nós já estranhamos quando vimos um padre, um pastor ou um leigo convivendo com as prostitutas, os alcoólatras, os aidéticos, os marginalizados em geral, organizando-se em atendimento humano e religioso para com eles? E o pior ainda é as pessoas fazerem isso e ainda acharem que estão em dias com Deus, por estarem freqüentando a missa ou o culto dominical, dizendo até que vale a pena ou é preciso fazer esse “sacrifício”. "Sacrifício de coração endurecido não tem valor para Deus. Só o sacrifício do amor, do qual Jesus deu o exemplo".

Precisamos aprender sempre com Jesus, e nesse evangolho ele nos dá uma boa lição do verdadeiro amor. Nas nossas orações devemos pedir a Deus que nos ensine a amar de verdade, a exemplo de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para nos tornarmos verdadeiros discípulos e discípulas dEle. Peçamos também que nos dê forças e coragem para nos "levantar", "largar tudo" e seguir Jesus, para a honra e glória do Senhor nosso Deus. Amém!

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